Nome oficial: Japão (Nippon)
Capital: Tokyo
Nacionalidade: japonesa
Idioma oficial: japonês
Religião: xintoÃsmo e budismo (84%)
Território: 377.864 km2 (em quatro grandes ilhas – Honshu, Kyushu, Shikoku e Hokkaido – e 6.848 outras menores)
Moeda: iene
Calendário: 2004 equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês
População: 127,3 milhões (outubro 2001)
População urbana: 75%
Taxa de crescimento demográfico: 0,29% (2001)
Alfabetização: 99% (estimativa 1999)
Universidades: 669 (maio de 2001)
Leitos de hospital: 1.864.448 (2000)
Médicos: 1 para 555 pessoas (1996)
Expectativas de vida: Mulheres (84,6 anos); Homens (77,7 anos) – Dados 2000.
Mortalidade infantil: 3,2 por 1.000 crianças nascidas (2000)
Densidade demográfica: 339,8 pessoas por km² (1999)
Principais cidades: Tóquio (aglomerado urbano: 27.242.000 hab.; cidade: 7.966.195 hab.), Osaka (aglomerado urbano: 10.618.000 hab.; cidade: 2.602.352 hab.); Yokohama (3.307.136 hab.), Nagoya (2.152.184 hab.), Sapporo (1.757.025 hab.), Kyoto(1.463.822 hab.), Kobe (1.423.792 hab.).
Economia
PIB (em ienes): 532,96 trilhões (2002)
Renda per capita: US$ 24.036 (2002)
Crescimento do PIB: 1,7% (2000)
Força de trabalho: 65,87 milhões de pessoas
Exportações (em ienes): 48,979 trilhões (2001)
Importações (em ienes): 42,416 trilhões
Produção agrÃcola – Principais culturas: arroz, beterraba açucareira, hortaliças e frutas. Pecuária: avicultura. Pesca: maior frota pesqueira do mundo
Produção industrial – Principais indústrias: manufaturados de tecnologia avançada, equipamentos pesados elétricos, veÃculos e motores, equipamentos eletrônicos e de telecomunicações, máquinas de ferramentas e computadorizadas, sistemas de produção, locomotivas e equipamentos de transportes, estaleiros, produtos quÃmicos, produtos têxtil, alimentos processados, instrumentos de precisão.
Principais parceiros comerciais: Estados Unidos, China, Europa Ocidental, Sudeste Asiático.
›› O PaÃs
Os esforços das indústrias e do governo, uma forte ética no trabalho, o completo domÃnio da tecnologia e os gastos com defesa proporcionalmente pequenos (cerca de 1% do PIB) foram alguns dos fatores que ajudaram o Japão a se tornar a segunda maior economia do planeta. Uma das caracterÃsticas da economia do paÃs é o perfeito relacionamento entre fabricantes, fornecedores e distribuidores, chamado "keiretsu". Por muito tempo também se destacou o emprego vitalÃcio, privilégio que vem sendo eliminado pelas empresas.
A indústria é o principal motor da economia japonesa, apesar de depender quase que integralmente da importação de matérias primas e do petróleo. O setor agrÃcola, com menor peso, recebe fortes subsÃdios e proteção do governo. O paÃs é auto-suficiente em arroz – o alimento básico da população – mas importa cerca de metade de cereais e demais alimentos.
Durante três décadas, o Japão manteve crescimento econômico espetacular: 10% nos anos 60 e de 5% nos anos 70 e 80. No entanto, entre 1992 e 1995 o ritmo teve uma desaceleração devido as novas medidas do governo para diminuir as especulações no mercado imobiliário. No final de 1995, a estrutura financeira também sofreu um baque provocado pelas centenas de milhões de dólares de dÃvidas não-declaradas.
Apesar desses percalços, a economia do Japão continuou forte graças ao superávit comercial, aos investimentos no estrangeiro, além da manutenção do baixo Ãndice de desemprego (em comparação com os demais paÃses desenvolvidos) e de inflação.
A falta de espaço para abrigar os mais os 127,3 milhões de habitantes e o envelhecimento da população continuam sendo os grandes problemas atuais do paÃs.
›› LÃngua Japonesa
O Japão tem população de mais de 120 milhões de habitantes e, lingüisticamente, é quase uma nação homogênea, já que mais de 99% falam o mesmo idioma. Há várias teorias sobre a origem da lÃngua japonesa. Muitos estudiosos acreditam ser sintaticamente muito próxima das lÃnguas altaicas, como a turca e a mongol, e do coreano. Há ainda evidências que sua morfologia e vocabulário foram influenciados pelas lÃnguas malaio-polinésias do sul.
O sistema de escrita japonês veio do chinês, apesar de as lÃnguas faladas nos dois paÃses serem completamente diferentes. Além dos kanjis (os ideogramas), os japoneses adotam duas escritas silábicas, o hiragana e o katakana.
Ainda hoje, um grande número de dialetos regionais é usado no Japão. O padrão lingüÃstico tende ser o falado em Tóquio, que está se expandindo por todo o paÃs por meio da mÃdia, mas os dialetos usados em Kyoto e Osaka continuam firmes.
›› A FamÃlia Imperial
O Imperador do Japão é o sÃmbolo do Estado e, de acordo com a Constituição, não possui poderes relacionados ao governo. Os membros da FamÃlia vêm de uma linhagem secular, sendo a mais antiga dinastia do mundo, e tem como sÃmbolo a flor de Crisântesmo.
O imperador Akihito ascendeu ao trono em 7 de janeiro de 1989 após o falecimento de seu pai, o imperador Hirohito (conhecido como Imperador Showa), e deu inÃcio à atual era no calendário japonês, a Heisei.
O ano de 2004, portanto, equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês.
Moradia
O estilo de vida do Japão mudou muito depois da 2ª Guerra Mundial, quando um grande número de pessoas deixou a região rural para se fixar nas cidades, trocando o campo pelo trabalho em escritórios. à costume dos lares japoneses que três ou mais gerações da mesma famÃlia vivam sob o mesmo teto.
Em geral, as casas tradicionais são feitas de madeira e sustentadas por pilares do mesmo material. As construções mais recentes, porém, já seguem o padrão ocidental representado pelos amplos prédios de apartamentos levantados com ferro e cimento. No entanto, o costume de se ter pelo menos um aposento em estilo japonês com piso de tatami e de não usar sapatos dentro de casa ainda é preservado. O genkan, ou entrada, serve como lugar para se tirar, guardar e calçar os sapatos. As pessoas normalmente colocam chinelos para usar dentro de casa.
O tatami é uma espécie de esteira feita com uma base de palha e é usada para forrar os lares japoneses há 600 anos. Cada peça mede entre 0,95 x 1,91m, e o tamanho dos quartos é normalmente medido pelo número de tatamis que se encaixam no aposento. O piso feito com esse material é fresco no verão e morno no inverno.
Comida
A palavra que significa refeição em japonês é gohan. Mas, na verdade, o termo se refere ao arroz cozido, a base da alimentação dos japoneses, do café da manhã ao jantar.
Uma refeição tradicional consiste em arroz branco, peixe grelhado, algum tipo de vegetal cozido, sopa (geralmente sopa de missô) e vegetais em conserva (tsukemono). Atualmente, outros componentes já foram incorporados ao menu, como pão, macarrão e carnes. Fast-food, hambúrguer e frango frito são bastante populares entre crianças e jovens japoneses, assim como em qualquer paÃs do mundo.
Sushi, sashimi, tempurá, sukiyaki e outras comidas japonesas bastante apreciadas no exterior possuem verdadeiros templos no Japão.
Antes de comerem, os japoneses falam “itadakimassu”, em sinal de educação, que significa mais ou menos “com licença, vou comer a comida”. Ela expressa, também, a gratidão a todos que trabalharam para preparar a refeição. Depois de comerem, as pessoas agradecem dizendo: "gotissossama deshita”, ou “estou satisfeito, a comida estava muito boa”.
Vestimenta
O traje tradicional do Japão é o kimono, geralmente feito de seda, com mangas largas e que vão até os calcanhares. São presos com uma cinta larga chamada obi. Atualmente, os kimonos são vestidos em ocasiões especiais, como em festivais, casamentos e cerimônias de graduação.
No verão, costuma-se usar uma vestimenta mais leve e informal chamada yukata, também em ocasiões apropriadas. No dia-a-dia, os jovens preferem roupas ocidentais, como camisetas, jeans, camisas pólo e agasalhos; as mulheres vestem tailleurs para ir trabalhar e os homens ternos.
Artes Tradicionais
• Origami (Arte da Dobradura de Papel)
O origami (dobradura de papel) surgiu na China há 1.800 anos. Foi levado ao Japão entre os séculos VI e X, juntamente com o papel, por monges budistas chineses. No inicio era acessÃvel apenas à nobreza, sendo usado em diversas cerimônias. Por muitos anos, a tradição e as formas criadas a partir de uma folha quadrada de papel foram passadas apenas de geração para geração.
Os primeiros esquemas escritos só surgiram em 1797, com a publicação do Senbazuru Orikata (“Como Dobrar Mil Garças”). A arte começa a se popularizar efetivamente quando o Japão passa a fabricar papel e ganha grande impulso, em 1876, ao passar a fazer parte do currÃculo escolar. A prática do origami promove o desenvolvimento intelectual da criança, desenvolve a capacidade criativa e a psicomotricidade.
A palavra 'origami' teria surgido em 1880 a partir dos termos 'ori' (dobrar) e 'kami' (papel). Antes, era conhecida como orikata.
No Japão, era comum fazer origamis de diversas formas, que eram queimados em rituais fúnebres para que o espÃrito da pessoa falecida pudesse ter na outra vida tudo o que almejava. Dobraduras imitando cédula de dinheiro e postas em envelopes vermelhos eram queimadas nas festas de casamento, com o objetivo de desejar prosperidade ao casal.
Ainda hoje, as figuras feitas em origami são carregadas de simbolismos: o sapo representa o amor e a fertilidade; a tartaruga, a longevidade; e o tsuru, a mais famosa figura de origami, é o desejo de boa sorte, felicidade e saúde.
Diz uma lenda que quem fizer mil tsurus, com a mente fixa naquilo que deseja alcançar, terá sucesso.
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